Parafraseando a Dr.ª Rute Remédios, as opiniões são como as vaginas: cada uma tem a sua e quem quiser dá-la, dá-a. Neste blog, Julie D´aiglemont dá a sua. Opinião, claro. E nem sempre da forma mais respeitosa. Isso ofende a vossa sensibilidade? Então, ide, ide. Ide ler o programa de um qualquer partido de extrema esquerda, que de certeza é mais consentâneo com vossos princípios morais.





segunda-feira, 30 de maio de 2011

2ª Feira é dia de gente sensual (#12)

Digam lá se este rapaz não parece uma mistura entre Errol Flynn e o saudoso Paulinho Cascavel.

Anais da Justiça (#9)

A pedido de várias famílias, aqui vai outra historieta contada pelas minhas amigas.

Alegadamente, uma prostituta aceitou como pagamento o casaco de couro do cliente e entregou-o ao chulo. Como o cliente se arrependeu, resolveu fazer queixa de ambos, tendo sido deduzida acusação de roubo contra ela e de receptação contra ele.

O espectáculo começou assim que o Juiz perguntou ao arguido o que fazia. Ele respondeu com pouco à vontade “tenho umas raparigas a trabalharem para mim”. O Juiz decidiu simplificar e disse “o senhor é, portanto, proxeneta”. Mas ele respondeu “não, xôtor, num sou nada disso”. O Juiz, surpreendido, insiste “o senhor não é proxeneta?”. E ele, muito ofendido, “não, não sou nada disso”. O advogado de defesa, cansado da situação, resolve intervir e diz “ó Sr. X, o senhor não é chulo?”. E ele responde solícito “ah isso sou, chulo sou”.

A acusação era extraordinariamente caricata, dizendo a páginas tantas que um indício de que o casaco de couro havia sido roubado era a desproporção entre o valor do casaco e o valor dos serviços prestados.

Ora, a minha amiga S. defendia a prostituta e achou que a melhor estratégia seria ridicularizar a acusação.

Vai daí, fez umas alegações de antologia, que ninguém que ali estava algum dia esquecerá. Começou por dizer que não percebia o fundamento da tal desproporção de valores, porque não estava familiarizada com a tabela de preços praticados pelas prostitutas de Vila Nova de Gaia. Mas convidava a acusação a juntar essa tabela. A partir dali foi o descalabro, porque ninguém se conseguiu manter sério.

Terminou as alegações com a frase “Demais a mais, há uma coisa com que todos têm de concordar: quando um serviço é bem prestado, a satisfação não tem preço”.

Resultado: absolvição.

sábado, 28 de maio de 2011

Anais da Justiça (#8)

Ontem, num jantar com amigas dos tempos da faculdade, acabámos inevitavelmente por falar de situações caricatas que presenciámos em Tribunal.
Uma delas contou que assistiu a um Julgamento em que as arguidas eram duas prostitutas.
Quando o Juiz interrogou a primeira acerca da sua identidade e profissão, à pergunta "o que é faz?" ela respondeu com um sincero e desarmante "sou puta".
O Juiz, indignado perante a crueza da resposta diz-lhe: "Ó minha senhora, isso não são formas de falar na Casa da Justiça! Poderia ter respondido que é prostituta ou meretriz..."
A segunda arguida, atenta ao ocorrido, respondendo à mesma questão, diz convictamente "sou matriz".
E o Juiz, rapaz inexperiente, resolve ter piada à custa da ignorância alheia dizendo: "Ai a senhora é matriz! Olhe, isso nunca tinha ouvido. E a senhora é matriz urbana ou rústica?"
Sem se atrapalhar, a arguida responde-lhe de imediato: "olhe, isso já não sei, mas sou das que fode bem".
Moral da história: as prostitutas são como o Pinto da Costa, têm sempre resposta pronta.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Retrato do artista quando jovem gato

Quando o artista acima foi encontrado, era tão pequenino que todos pensámos que era uma gata e chamámos-lhe Joaninha (só passada uma semana lhe foi dado o festivo nome Manjerico). Era tão pequerrucho que cabia numa mão. Tão minúsculo que quando mordia, os dentes ainda não magoavam.
Apesar disso, tinha um instinto de sobrevivência extraordinário: quando a minha mãe o apanhou e o meteu no carro, ele descobriu logo um saco de comida seca para gatos adultos à qual se atirou ferozmente (não sei se aqueles dentinhos conseguiram triturar aquilo ou se ele se limitou a engolir).
Quando confrontado com o Fígaro, que na altura já tinha 7 anos, não se intimidou: assim que o viu a olhar para ele com sobranceria do cimo de umas escadas, empreendeu uma jornada ao seu encontro que implicava subir cada escada uma a uma e com grande esforço, dado o seu tamanho liliputiano. E que fez aquela pulga atrevida quando finalmente chegou ao pé do macho alfa? Bufou-lhe! Ah pois é, que convinha mostrar que a casa já não era só dele!
E não é que o Fígaro - gato que nunca hesitou em demonstrar desagradado com a existência de outros felinos na Terra - tolerou semelhante impertinência?
Com excepção de algumas desavenças pontuais, são grandes amigos!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os gatos

No Antigo Egipto, por volta de 4 mil a.C., os egípcios domesticaram gatos, que foram usados para o controle de pragas nos seus armazéns de cereais. Do Egipto, os gatos foram levados para Itália: na Roma Antiga, já eram considerados símbolos da liberdade e qualquer representação da deusa da Liberdade apresentava um gato repousando a seus pés. Da Itália espalharam-se pelo resto da Europa.

A ligação dos gatos com os cultos pagãos desencadeou uma campanha da Igreja Católica contra eles. No Século XV, o Papa Inocêncio VIII (de quem já antes falei) inclui-os na lista de seres hereges perseguidos pela Inquisição e passaram, por isso, a ser queimados juntamente com as pessoas acusadas de bruxaria.

A população de gatos na Europa quase foi dizimada, o que levou à proliferação de ratos, que atacavam impunemente os stocks de cereais.

Sem alimentos nos celeiros, os ratos atacavam as despensas e as próprias pessoas. A multiplicação de pulgas foi inevitável e a população humana entrou em desespero, com fome e doenças.

Entretanto, a Peste Negra assolou a Europa, motivada por uma bactéria transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos pretos que desembarcavam dos navios provenientes do Oriente.

Em Veneza, como no resto da Europa, a Inquisição não poupou os Gatos. Mas então perceberam a importância dos gatos para a sobrevivência da cidade, uma vez que as suas pequenas ruas e canais favorecem a proliferação de roedores. Por isso, decidiram empreender uma viagem ao Oriente em busca dos felinos, que depois foram largados na rua, assinalando o fim da epidemia.

Após estes acontecimentos, desenvolveu-se uma raça de gatos tipicamente venezianos, fruto do cruzamento entre gatos orientais e antigos gatos autóctones, que lembra o gato bravo da Síria - o "soriano". Constituíram, assim, o orgulho dos Venezianos, que desde então têm para com eles uma dívida de gratidão.

Actualmente, cerca de 12.000 Gatos continuam a vigiar a cidade dos Doges. É-lhes assegurado abrigo, alimentação e vacinação, e os nascimentos são controlados.


Moral que deveria ser retirada pela Câmara Municipal do Porto: quem ignora a História arrisca-se a repeti-la.


Foto: Manjerico, recolhido da rua com cerca de 1 mês de idade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não haverá uma alma na Câmara do Porto com o mínimo de sensibilidade?

Ao ler o blog da Margarida, tomei conhecimento de que o executivo da cidade do meu coração tem vindo a promover a proibição de alimentar animais na via pública, através da distribuição de panfletos aos munícipes.
Além de ser uma medida completamente ineficaz como forma de controlo populacional, é extraordinariamente cruel para com os animais (que seguramente não escolheram aquela forma de vida) e profundamente desrespeitosa para com a sensibilidade das pessoas que ajudam as associações de animais.
O controlo popolacional faz-se por via da esterilização - luta maior da Animais de Rua.
Por favor, assinem a petição pública. Não sei se resulta, mas é seguramente melhor do que ficar de braços cruzados. Mesmo que não vivam no Porto, percam 30 segundos com isto, porque os animais abandonados da vossa cidade podem ser os próximos.
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N10340

Inspirações (#13)

As sondagens são como a mini-saias: fazem sonhar, mas ocultam o essencial.

Alexandre Sanguinetti, deputado gaullista (1969)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Todas as cartas de amor são ridículas (#3)

Esta carta de amor foi enviada a Rosebudd por um colega de Faculdade, que também participava no grupo de teatro. Ora, quis o destino que durante a encenação de "A Cantora Careca", de Ionesco, Tony (sim, o nome do pinga-amor) se tomasse de amores pela rapariga. Decide, então, aproveitar uma cena da peça para tentar beijá-la. Mais uma vez, a reacção de Rosebudd não poderia estar mais nos antípodas da de uma heroína romântica, já que tentou acertar-lhe o passo com alguma violência (o que explica o tom apologético em que toda a carta foi escrita).

(clicar para aumentar)

Desta vez, realço a frase "O beijo enviado por terceiro carece de efeitos de registo e como tal não sei se o contrato será realmente válido e quais os seus verdadeiros intuitos. No entanto é melhor perguntares ao Dr. Horster já que de beijos eu não percebo nada."
Sou capaz de apostar que nunca antes o prof. Heinrich Ewald Horster (docente da cadeira Teoria Geral de Direito Civil) tinha sido citado numa carta de amor.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quem sai aos seus... (#3)



Se cruzássemos o ADN de Lionel Richie com o de Ronald McDonald, o resultado seria....


Rihanna!

Nota: Antes que comecem as reclamações do público masculino - rapazes, eu sei que a moça é gostosona e que qualquer uma de nós adoraria ter aquela carinha de boneca e o corpo de deusa da fertilidade, mas convenhamos que aquele cabelo...

2ª Feira é dia de gente sensual (#11)

Um exemplo de que uma mulher sensual também pode ser uma extremosa mãe... e pai. Acho que esta senhora tem características que lhe permitem assegurar os dois papéis.

domingo, 22 de maio de 2011

Todos a caminho do comício do querido líder!

Imigrantes provenientes da Índia e Paquistão, trabalhadores nas lojas do Martim Moniz, Lisboa, e na construção civil seguem José Sócrates para todo o lado, de norte a sul do País, em autocarros pagos pelo PS. Depois são usados para compor os comícios, agitar bandeiras, e puxar pelo partido, apesar de muitos deles não perceberem uma palavra de português e não poderem votar. Em troca têm refeições grátis. Notícia aqui.

Ser cool é...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cabrão da semana: Lars von Trier

Lars, filho, eu já gostava muiiiiito dos teus filmes. Mas agora é que fiquei fã da tua personalidade.

«Durante muito tempo pensei que era judeu e estava feliz por ser judeu. Depois conheci Susanne Bier [realizadora dinamarquesa e judia, que ganhou este ano o Óscar para o Melhor Filme Estrangeiro com «Num Mundo Melhor»] e não fiquei assim tão contente. Mas depois descobri que, na verdade, era nazi. A minha família era alemã. E isso também me deu algum prazer. O que é que posso dizer¿ Compreendo Hitler... Simpatizo um pouco com ele», afirmou. Claro! Porque não? O Adolfo era um ser humano adorável!

«Não quero dizer que sou a favor da IIª Guerra Mundial e não sou contra os judeus, nem sequer contra a Susanne Bier. Na verdade, sou muito a favor deles. Todos os judeus», disse von Trier, se bem que com um à parte: «Bem, Israel é uma pedra no sapato, mas...» Esmiuçando: ele é contra a existência de Israel, mas não tem nada contra os judeus. Faz todo o sentido! Só faltou dizer que gosta deles desde que estejam confinados a ghettos.

Ter uma profissão desgastante é...

...Desenvolver o macabro hábito de consultar o obituário do Jornal de Notícias, esperançada em encontrar a participação do falecimento de uma cliente.

Aconteceu. Não me orgulho. Em minha defesa esclareço que o problema era quase insolúvel e a cliente não tinha razão nenhuma na sua pretensão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A democracia pode ser o maior obstáculo à liberdade de expressão...

...Porque permite que um energúmeno como José Manuel Coelho seja convidado para um debate civilizado. Foi ontem na RTP.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Resposta ao post anterior:


A diferença é que na 1ª foto o meu adorado gatucho ainda tinha a perna traseira do lado direito. Entretanto, foi atropelado por um cabrão a quem desejo uma vida digna do Purgatório de Dante. Apesar de ter sobrevivido, a pernita teve de lhe ser amputada. Devo dizer que, apesar do sofrimento pelo qual passámos (ele e eu, claro), ele tem uma vida perfeitamente normal com apenas 3 pernas.

Digam lá se este não foi o "descubra as diferenças" mais bizarro que algum dia viram, eh!eh!

NOTA: Estas imagens já têm 5 anos. Na altura o Fígaro tinha 7 anos, agora já tem 12. Mas continua lindo e parece muito mais novo. Em Outubro fiz um post com ele e com o meu outro dono (sim, eles ordenam, eu obedeço). Confiram aqui se o Fígaro não continua deslumbrante.

Passatempo: qual a diferença?


Nestas 2 imagens aparece o mesmo gato (Fígaro, o amor da minha vida). Apesar de as duas fotos terem sido tiradas cerca de 3 meses uma da outra, há uma diferença substancial nele. Qual é?

Olha ali o gato!

Para quem não conseguiu descobrir o gato camuflado, eis o bicho:
(clicar para aumentar)

Passatempo: descubra o bicho

Nesta foto há um animal que, não sendo um camaleão, parece estar camuflado.
(clicar na foto para aumentar)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sr Engenheiro:


Então, vou dar-lhe uma novidade: 9.500.000 portugueses sentem-se insultados pelo programa Novas Oportunidades, um esquema ridículo para enganar as estatísticas europeias de habilitações literárias.

E alguns portugueses que se esforçaram por tirar um curso superior sentem-se insultados pela forma como V. Ex.ª obteve o seu.

Vá dar banho ao cão mais a sua propaganda demagógica, sim?

Happy?

Ainda não vi a capa de uma "Happy" em que figurasse uma mulher a quem não me apetecesse perguntar se não queria um pãozinho com queijo.
Parece-me anacrónico que a revista se auto-denomine "feliz" e ostente mulheres com ar famélico.
Evidentemente, não se espera que uma revista destinada a mulheres escolha manequins voluptuosas, que estas últimas pretendem agradar a homens, não a ditar estilos a mulheres.
O que me incomoda é a estética. As fotos têm mais estilo quando representam uma mulher cujas pernas têm uma largura equiparável à de uma criança de 12 anos?

Cruzamento de programas (#2)



Duas premissas:
1- O objectivo do "Peso Pesado" é que os concorrentes percam peso;
2- No programa "Perdidos na Tribo" os concorrentes perderam muito peso.
-----------------
Sugestão:
A SIC e a TVI faziam uma joint venture e criavam um programa chamado "Pesados na Tribo".

sábado, 14 de maio de 2011

Procura-se

A Sic Radical deixou de transmitir o Tonight Show. Sim, eu sei que o Conan é que é cool. Mas eu gosto é do Leno...

Todas as cartas de amor são ridículas (#2)

E eis que o moço da carta anterior voltou a tentar a sua sorte junto do empedernido coração de Rosebudd. A reacção desta à última carta deve ter sido cândida e meiga, dados os cuidados ao pedir-lhe que não se zangue, que só quer ser amigo... E já não diz que ela é doce como o mel (ver carta anterior).

Desta vez, realço uma frase cuja veracidade posso comprovar: realmente era difícil encontrar uma rapariga como Rosebudd em qualquer esquina, já que na altura ela só contava 14 anos. Convenhamos que realmente não era fácil encontrar moças tão novas nas esquinas.


NOTA: O blogger roubou-me este post, mas não contava que eu tivesse do meu lado Ursa Polar, uma espécie de vigilante do bem, cujas acções se estendem desde a descoberta de posts perdidos até à captura de terroristas internacionais.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Aqui d´El Rei!

Roubaram-me posts!
Alguém me sabe dizer se há possibilidades de os recuperar?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Se a saúde do Socras depender de mim...

Todos os que aqui param sabem (ou ficam a saber) que tenho uma amiga muito talentosa, que se esmera nos presentes que me dá. Falo da Lusty.
Mas eis que neste aniversário a minha amiga se superou: ofereceu-me um bonequinho para fazer vodu que representa o querido líder:
Olha ali um Magalhães, um diploma, um pente e um espelho e... alfinetes para torturar o bicho!
E o que nós nos temos divertido por aqui:

Todas as cartas de amor são ridículas

Não sei se o poeta teria razão quanto ao facto de serem TODAS ridículas. Mas quanto às que a minha amiga Rosebudd recebeu quando ainda era uma jovem casadoira, não há dúvidas.
Esta data de 1987.
Deleitem-se.
Toda a carta é um mimo, mas não resisti a sublinhar a frase "gosto mais de ti do que da minha mãe" - um rapaz tão jovem e já com tanta consciência das influências edipianas!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Alerta de selo!

Recebi um selo! Sim, até à data, com excepção da R. (que é uma menina muito fofa), toda a blogosfera me ignorava, ninguém me dizia que gostava de mim.
Mas eis que Maria Papoila decide arriscar publicamente a sua reputação (ou o que resta dela, porque em Angola toda a gente sabe que ela em tempos teve um caso com Savimbi) e envia-me um selo.
Incumbe-me fazer o seguinte:

1. Agradecer à pessoa que te deu o prémio: Papoila, filha, muito obrigadinha, mas para a próxima envia antes chocolates.
2. Escrever um post sobre isso: aqui está!
3. Passá-lo a 12 blogues: Realmente poderia fazer isso. Mas vou enviar para um só, que ele já demonstrou a sua vontade em colocar um selinho fofo no seu másculo blog:

PREZADO

4. Inserir o link para esses blogues: Done.
5. Enviar-lhes uma mensagem e contar-lhes: Vai ser com tanto prazer que vou fazer isso!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O moço à direita pertence à troika?

Se sim, a troika é bem-vinda a Portugal. E a minha casa. Se quiser, a troika pode ir lá a casa.

Manifesto eleitoral

Os espanhóis vão ter oportunidade de fazer esta escolha. Literalmente.
A actriz porno María Lapiedra apresenta-se como candidata a presidente da câmara municipal da sua terra natal, Les Borges Blanques, Lérida.
O seu programa político passa por permitir que qualquer adulto solteiro que não queira estar sozinho possa desfrutar da companhia de uma prostituta uma vez por mês. Promete também que todos poderão andar nus e masturbar-se em público da meia-noite às seis da manhã.

Por razões óbvias, estas propostas não me seduzem particularmente. Mas assim como assim, acho-as mais realistas do que as promessas de prosperidade do grande timoneiro.

À primeira vista, eu diria...

...Que ando a servir de inspiração.
Porquê? Por isto.
Mas não passará de coincidência, que eles nem devem saber da existência do meu blog.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ouviram o grande timoneiro?

Se ouviram, por favor expliquem-me como se eu fosse muito burra (facto que desde já admito):

Afinal está tudo bem? O país não está à beira do colapso? A crise não existe realmente? Os senhores da Troika estão cá para aproveitar o bom tempo?

Isto foi tudo para os apanhados?

Separados à nascença (#23)



Não percebem a semelhança? Leiam isto.

O autor do projecto urbanístico foi o Socras?

Chamam a isto uma mansão? Parece uma daquelas casas na Covilhã cujo autor do projecto terá sido o querido líder!

Parabéns, AS!!!!

Eu sei que esta era a melhor prenda que te poderia oferecer, mas não está à venda... E, convenhamos, tens um filho para criar, seria bom que acabasses com essa dependência da cerveja. Pelo menos, tenta chegar ao 7º passo.

Alto! Pára tudo! Descobriu-se o obreiro da morte do sarraceno!


Alan Garcia, Presidente do Peru, diz que a captura de Bin Laden foi o primeiro milagre de João Paulo II.
Já era público o envolvimento do Papa no desmoronar do bloco soviético (bem haja por isso). Pelos vistos, o bichinho da ingerência na política internacional não lhe passou depois da morte.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Este homem acaba comigo!

"O Bin Laden pode estar vivo a bordo de um porta-aviões e a ser torturado pelos americanos".
Eu acrescento: está mas é no Entroncamento, na festa de casamento do Elvis e da Marilyn Monroe!
Um apelo aos senhores da SIC: parem de lhe dar álcool antes de entrar em estúdio.

A música!

Graças a um leitor atento deste blog, deixo aqui o link para a música de Nel Monteiro "Uma Criança Chorava". Apesar de aí ser chamada "Decisão de Uma Criança", não é esse o nome correcto. Eu sei, porque sou a orgulhosa possuidora do CD. E é necessário rigor quando falamos do espólio musical deste bardo.
Muito obrigada, Johny. Bem hajas por este serviço público que prestaste a todos os que aqui perdem tempo.

Desafio literário

A minha querida amiga Teresa propôs-me um desafio acerca de literatura, que aceitei com muito prazer. Apesar da imagem da ave rara que escolhi para ilustrar este post, aviso já que resolvi responder com seriedade (como, de resto, merece a Teresa). Desta vez não irão encontrar pelo meio da lista obras da chamada "literatura alternativa".
Aqui vão as respostas ao desafio:
1. Existe um livro que lerias e relerias várias vezes? Sim, imensos. Destaco as obras de Júlio Dinis, porque já reli todos várias vezes (a minha relação com este autor é de absoluta obsessão). E claro que também já reli e faço tenções de voltar a ler os dois livros que dão nome ao blog: Almas Mortas, de Gogol, e A Mulher de Trinta Anos, de Balzac (Julie D´aiglemont é a protagonista deste último).
2. Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim? Já uma vez disse que aqui que tenho grandes dificuldades em deixar um livro vencer-me. Até hoje, houve apenas dois que o conseguiram: Gaibéus, de Alves Redol, e Verónica Decide Morrer, de Paulo Coelho. Pretendo voltar a tentar ler o Gaibéus, porque penso que aos 13 anos não tinha maturidade para o perceber. Não pretendo dar a mesma hipótese a qualquer livro de Paulo Coelho.
3. Se escolhesses um livro para ler para o resto da tua vida, qual seria ele? Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust – porque sempre são 7 volumes e eu ainda só li 2, eh!eh!
4. Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?Dois, por motivos completamente opostos: As Sogras Não São Cavalheiros, de P.G. Wodehouse, porque não consigo encontrar a tradução em português (só leio livros traduzidos em português).O Don Tranquilo, de Mikail Cholokov - comprei os 2 volumes já há anos e têm estado esquecidos, não sei porquê.
5. Que livro leste cuja 'cena final' jamais conseguiste esquecer? Almas Mortas – ninguém está a espera que o motivo pelo qual Pavel Ivanovitch Tchichicov vem comprando os títulos de propriedades de servos (as tais almas mortas) seja uma coisa tão prosaica.
6. Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura? A minha relação com as letras começou assim que consegui empunhar uma esferográfica: a minha mãe dava-me listas telefónicas para eu riscar. E eu aproveitava e riscava também os sofás. Quando efectivamente aprendi a ler, comecei pelos livros de contos. Depois passei para a BD da Disney. Seguiram-se os livros da Enid Blyton (“Os Cinco” e “As Gémeas” – mas nunca me deixei convencer por “Os Sete”), até aos 11 ou 12 anos - altura em que li As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis, o meu primeiro livro de literatura a sério.
7. Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê? Imensos! Destaco: A Terceira Condição, de Amos Oz (nunca um livro me deu tanta luta); Z, Vassilis Vassilikos; Morte de um Apicultor, Lars Gustafsson; A Pianista, Elfriede Jelinek.
8. Indica alguns dos teus livros preferidos. Vou indicar os livros que me deram mais prazer ler, independentemente de serem ou não obras-primas da literatura. Entre os livros que li mais arrebatadamente, encontram-se mistérios policiais, divulgação científica, romances históricos, biografias e livros de História. Além disso, escolhi apenas um de cada autor, de forma a não prolongar ainda mais a lista. De certeza que depois de ler isto, vou penalizar-me pela ausência de alguns que adoro, mas assim de memória, aqui vão os principais:
Almas Mortas, Gogol; A Mulher de Trinta Anos, Balzac; Madame Bovary, Flaubert; A Pequena Fadette, George Sand; A família Golovliov, Saltykov-Chtchedrin; A Dama de Espadas, Pushkin; A Estepe, Tchekhov; Uma Família Inglesa, Júlio Dinis; A Cidade e as Serras, Eça de Queiroz; Orgulho e Preconceito, Jane Austen; Jane Eyre, Charlotte Bronte ; Vinte e Horas na Vida de Uma Mulher, Stephen Zweig; O Coração das Trevas, Joseph Conrad; A Um Deus Desconhecido, John Steinbeck; O Fio da Navalha, Somerset Maugham; Os Cavalos Também se Abatem, Horace McCoy; A Trela, Françoise Sagan; Retrato do Artista Quando Jovem Cão, Dylon Thomas; O Eleito, Thomas Mann; Morte no Retrovisor, Vasco Graça Moura; Correcções, Jonathan Franzen; Amesterdão, Ian McEwan; Irei Cuspir-vos nos Túmulos, Boris Vian; A Casa Grande de Romarigães, Aquilino Ribeiro; O Velho Gringo, Carlos Fuentes; Jim o Sortudo, Kingsley Amis; O Código dos Wooster, P.G. Wodehouse, A Casa Torta, Agatha Cristie; Cozinheiros a Mais, Rex Stout; Os Crimes da Rua Morgue, Edgar Allan Poe; O Intruso, H.P. Lovecraft; A Talentosa Flavia de Luce, Alan Bradley; Imprimatur, Sorti e Monaldi; A Tábua de Flandres, Arturo Perez Reverte; Roma, Indro Montaneli; Da Alvorada à Decadência, Jacques Barzun; O Nariz de Cleópatra, Daniel J. Boorstein; O Sorriso do Flamingo, Stephan Jay Gould; O Cérebro de Broca, Carl Sagan; Deve Estar a Brincar, Sr Feynman, Richard Feynman.
9. Que livro estás a ler neste momento? O Fumo, de Ivan Turguenev.
10. Indica dez amigos para o Meme Literário: Que 10?! Indico 15, que eu sou uma pessoa que gosta de incomodar toda a gente:

2ª Feira é dia de gente sensual (#9)

Quando chegou ao seu destino final, esta foi a única virgem que Bin Laden conseguiu convencer a ser sua.

Por falar nisso, coitadinho do querido terroristazinho que foi morto pelos americanos maus. Provavelmente ajudados pelos judeus, essas reencarnações do anti-Cristo.
Porque os pobres dos terroristas são umas vítimas de Israel e do Ocidente. E não podemos esquecer a culpa dos cruzados medievais, que traumatizaram aquelas pobres almas (já a Península Ibérica não tem direito a ter trauma algum com a invasão de 711).

domingo, 1 de maio de 2011

Poema para a mãe

No dia da mãe, nada mais apropriado do que um poema em que uma filha declara o amor e a saudade pela sua progenitora.
Ora, Nel Monteiro, esse bardo da música popular alternativa, canta uma música em que esse amor é levado a extremos nunca antes ouvidos, com a criança a demonstrar o desalento em viver sem a sua mãezinha.
Infelizmente, não encontrei no youtube esse hino ao amor filial. A alternativa é transcrever para aqui o texto.
As influências onde o autor foi beber são tão diversas como a "Cinderella" e "A menina dos fósforos", com um desenlace final ao melhor nível de uma letra de black metal.
Aqui vai:


Há dias no cemitério, junto às grades do portão

Uma criança chorava, olhando a campa da mãezinha

Essa pobre criancinha a sua amargura contava

Com tanto desgosto então, agarradinha ao portão

A largar pranto sem fim, dizia para sua mãe:

Meu pai outra mulher tem mas não quer saber de mim

Ando esfarrapadinha, com fome e descalcinha,

Passo a vida a mendigar, enquanto os filhos dela

Têm uma vida tão bela e de tudo até estragar.

Até já o meu paizinho me tirou o seu carinho,

Já me sinto a mais aqui.

Ó minha mãezinha querida, vem tirar-me desta vida,

Leva-me para o pé de ti.

Vou pedir ao senhor coveiro

Para junto de minha mãe, mesmo viva, me enterrar.

Este mundo não é meu, o meu mundo é no céu,

Ando aqui a estorvar.

Adeus meu pai adorado, vou deixá-lo descansado

Com a mulher que escolheu.

Seja muito feliz com ela, trate bem os filhos dela,

Que eu prefiro ir para o céu.


ADENDA: Esqueci-me de dizer que a música se chama "Uma Criança Chorava".